Céus.
Pingam dos céus laivos de cor. Do azul, profundo e distante, sorri o branco que lancei à terra em tempos. Transforma-se, aos poucos, com o passar do ponteiro. E escurece. Torna-se um pouco mais sombrio mas ao mesmo tempo mais quente. Revisitam-me as memórias de quem já não me visita mais. Fazemos a vida depender de um olhar, de um sentido, de uma forma de estar. Olhamos à volta e percorremos o deserto de quem não acreditamos existir. Deixo a porta entreaberta porque estou seguro de que não haverá qualquer entrada, deixo de me esconder porque também já nada se esconde. Estou em paz. Alguma. Assim como o céu sobre mim.