quinta-feira, julho 01, 2010

Espero...

Passaram já duas semanas. Ou ainda só. E, no entanto, a eternidade parece ser mas curta.
Todos me perguntam como estou, esperando que lhes diga estar bem. Todos esperam que já tenha passado ou que já não me sinta igual. Estranham quando digo que está a ser muito difícil, que não estou a conseguir lidar com isto e que ainda dói... Esperam que não sejas tanto quanto foste. Ou apenas que eu não seja metade do que sou, no que toca a sentir tanto por ti...
Esperam, esperam, esperam tudo menos que voltes, como eu queria. Como eu inutilmente espero. Como dói, saber que não voltarás mais... como dói. Como choro, lenta e silenciosamente. Só. Como me fazes falta, tanta, tanta falta. Como daria tudo, como nunca teria dado por ninguém, para te ter um pouco mais, para me despedir de novo de ti... Como me fazes falta... Parto em breve em busca de abandonar a minha solidão, mas nada mais queria eu senão tu. Espero que o teu espaço seja sempre teu.
Pudera alguém saber quem eras para não me olhar nos olhos esperando ver algo mais que não o vazio desta saudade que me consome. Vejo-te todos os dias tentando não me lembrar que já não estás. Vejo-te todos os dias, na minha breve insanidade, como se voltasses em breve...
Não espero que o vazio desapareça; espero apenas que ninguém deixe de o encontrar...

4 Comments:

Blogger from Macau!! said...

Só descobri teu blog hoje, e fiquei espantada como consegues escrever...
Espero que tejas bem... ou que fiques bem...
kisses*
Sónia

01 julho, 2010 23:21  
Blogger Insanity said...

As tuas palavras são muito profundas, e tocam no coração.
Tal como o titulo do teu texto, espero, que pelo menos, consigas ficar um pouco melhor, és forte, consegues !

21 julho, 2010 17:50  
Blogger * said...

A dor que sentes é a perda de um amor incondicional, puro, autêntico ... aquele amor que sentes pela família, pelo melhor amigo, pelo animal de estimação, por objectos, cheiros e memórias ... é um amor que não se explica e que mais ninguém percebe. Só tu, e todos aqueles cuja (in)sensibilidade seja desmedida. Não te preocupes, é suposto sentires-te assim. Eles é que estão todos errados!

A única coisa que te posso dizer é que desejo que esse sentimento não mude, nunca e onde quer que ela esteja, desejo que as patinhas a possam levar onde quiser.

01 agosto, 2010 00:31  
Anonymous Diogo Lourenco said...

Olá Marco.

Só soube agora da tua perda e não quis deixar de te dar os meus pêsames e de te desejar muita força.

Um abraço forte

20 agosto, 2010 22:46  

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