quinta-feira, julho 01, 2010

Espero...

Passaram já duas semanas. Ou ainda só. E, no entanto, a eternidade parece ser mas curta.
Todos me perguntam como estou, esperando que lhes diga estar bem. Todos esperam que já tenha passado ou que já não me sinta igual. Estranham quando digo que está a ser muito difícil, que não estou a conseguir lidar com isto e que ainda dói... Esperam que não sejas tanto quanto foste. Ou apenas que eu não seja metade do que sou, no que toca a sentir tanto por ti...
Esperam, esperam, esperam tudo menos que voltes, como eu queria. Como eu inutilmente espero. Como dói, saber que não voltarás mais... como dói. Como choro, lenta e silenciosamente. Só. Como me fazes falta, tanta, tanta falta. Como daria tudo, como nunca teria dado por ninguém, para te ter um pouco mais, para me despedir de novo de ti... Como me fazes falta... Parto em breve em busca de abandonar a minha solidão, mas nada mais queria eu senão tu. Espero que o teu espaço seja sempre teu.
Pudera alguém saber quem eras para não me olhar nos olhos esperando ver algo mais que não o vazio desta saudade que me consome. Vejo-te todos os dias tentando não me lembrar que já não estás. Vejo-te todos os dias, na minha breve insanidade, como se voltasses em breve...
Não espero que o vazio desapareça; espero apenas que ninguém deixe de o encontrar...