O tempo corre parado...
Falta um mês, menos... Faltou mais, já custou menos...
Inconscientemente tenho em mim toda a noção daquilo que não voltarei a ter. Tenho a certeza que não volto a sentir o mesmo, tenho a certeza de que não volto a sentir da mesma forma.
Inconscientemente tenho em mim toda a noção daquilo que não voltarei a ter. Tenho a certeza que não volto a sentir o mesmo, tenho a certeza de que não volto a sentir da mesma forma.
Não quero o que não tive, não quero voltar àquilo que nunca na realidade foi meu. Iludi-me tempo a mais, durante demasiado tempo. E sei o quão triste é chegar a este ponto, a toda uma descrença que me invade de modo centrífugo, até me preencher todo e qualquer espaço deixado livre por momentos de outros tempos. Dói pensar que afinal não passámos de uma mentira, dita todos os dias por alguém que ainda não sabia amar... Dói saber que não passámos de um aquecimento para a vida real. Dói, dói muito ficar assim sozinho quando se tem tanto para dar.
Já não sei amar de novo. À minha volta cada vez mais encontro um mundo que não quero. Perdi não só a esperança como a vontade de a ter... Digo isto todos os dias, digo isto há demasiado tempo, demasiadas vezes. Estou cansado, e quem me rodeia também estará certamente. Não pretendo dó ou piedade, não quero mesmo nada na realidade. A vontade de desaparecer é que é constante, em cada passo que dou, ao subir a calçada ou simplesmente parado numa varanda a sentir a brisa do céu. Queria apenas ser o meu próprio sonho, que acaba quando o dia nasce e os olhos abrem.
O tempo não pára, infelizmente. O tempo corre. Mas eu, eu continuo parado a ver a minha vida a não querer fugir de mim.
Já não sei amar de novo. À minha volta cada vez mais encontro um mundo que não quero. Perdi não só a esperança como a vontade de a ter... Digo isto todos os dias, digo isto há demasiado tempo, demasiadas vezes. Estou cansado, e quem me rodeia também estará certamente. Não pretendo dó ou piedade, não quero mesmo nada na realidade. A vontade de desaparecer é que é constante, em cada passo que dou, ao subir a calçada ou simplesmente parado numa varanda a sentir a brisa do céu. Queria apenas ser o meu próprio sonho, que acaba quando o dia nasce e os olhos abrem.
O tempo não pára, infelizmente. O tempo corre. Mas eu, eu continuo parado a ver a minha vida a não querer fugir de mim.
3 Comments:
O tempo não morre, mas também não nasce. O tempo segue o seu próprio curso. Tal como a vida. Mas se somos nós que paramos, se somos nós que já não nascemos nem morremos, se somos nós quem já não segue o curso da vida, como é possível pensar que é a vida que não quer fugir de nós?
"O que vemos não é o que vemos, senão o que somos"
Fernando Pessoa
Ei, doído demais isso aqui...
(adorei esse título, peço-lhe emprestado, tive uma idéia.)
Enviar um comentário
<< Home