segunda-feira, junho 05, 2006

O amor...

No tempo chegou sem me avisar. Não esperou a minha espera mas eu esperei. Não estava à espera de esperar mas fi-lo. Voltei a abrir os braços e o coração pensando que me queria de novo, baixei as muralhas todas que tinha de antes e de depois. Disse sim quando não havia pergunta. Nada havia senão mais uma das minhas ilusões. Não havia mas passou a haver.

"Desculpa" pediu. Mas não a mim. Era um pedido egoísta e reflexivo. Não pedia desculpa por tudo o que me tinha feito ou por tudo o que me tinha feito fazer. Pedia desculpa mas não sabia porquê. Afinal, era apenas uma palavra.

Desculpei, pois era a única forma de prosseguir o meu caminho. Estou só. Mas estou só sabendo que assim estarei muito mais tempo porque estas coisas não se curam de um dia para o outro. Se se curassem assim, não mereceriam ser curadas pois nada teriam sido. E se se ama, não se esquece nem se segue em frente de um momento para o outro.

Como em tudo o que morre, faz-se luto, chora-se e sofre-se. Porque é assim quando se sente, quando se gosta, quando se ama e quando não queremos perder! E foi isso tudo o que eu fiz. É isso que eu tenho vindo a fazer e faço. Sim, ainda hoje, ainda agora, e amanhã igual será.

Porque afinal, acredito no amor. Mas creio mais no seu fim que na sua existência...

2 Comments:

Blogger Just a Girl said...

Como eu te compreendo! Já me sinto familiar da ferida aberta...

16 junho, 2006 15:38  
Blogger insensivel said...

Obrigado "I"... Só digo que eu gostava de ser aquele que um dia conheceste...

Talvez um dia o bom passado volte :)

Beijo grande :*

21 junho, 2006 16:10  

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