sexta-feira, junho 03, 2005

Flower Power

Hoje irá acontecer mais uma mítica festa Flower Power naquela que, há já muitos anos, é a minha segunda casa! Ou, por vezes, a primeira. É impossível descrever estas festas. Subjacentes a um tema que, raramente, (nas últimas pelo menos) é respeitado em termos de indumentária e de passagens musicais estas festas são o respirar de alívio ao fim de meses de trabalho e descompensações sucessivas por tudo o que se tem para fazer e, principalmente, por tudo o que nao se fez.

Há uns anos, estas festas serviam de reencontro entre velhos amigos, pessoas presentes e já ausentes. Entretanto, os presentes foram-se, os ausentes são-no cada vez mais. Então, restam os que cá estão e os que não são de cá mas que cá vêm, à custa de fama e sucesso ou motivados apenas pela curiosidade por tão badalados momentos que causam, em certos dias, horas de espera em fila interminável. Quem passa até pensa o que ali se passará e até se sentirá tentado a deter-se à espera, como os outros. Se descobre, fica; caso contrário, poucos resistirão à delonga sem saberem o que detrás daquele pequeno portão verde se esconde... ou se descobre!

A noite começa muitas vezes mais calma, embora outras tenha já havido em que a velocidade inicial era já superior ao limite nacional... Mas essas ficam para recordar quem lá esteve...

Aos poucos a música muda o ritmo, sobe e desce, acelera e abranda, e os bares movimentam-se e animam-se, no chão ou no balcão, eles e elas, novos e já da casa, em harmonia. O sucesso está lançado. As pessoas vêem-se, conhecem-se ou cumprimentam-se, matam saudades de há dias ou semanas, meses, anos. E conversa-se, fala-se, dança-se, beija-se e voa-se. Sonha-se até...

São mais do que simples festas. São mesmo mais do que o ícone que poderiam ser. São o fervilhar de emoções, alegria e boa disposição acima de tudo.

E esta é apenas mais uma indescritível Flower Power.