Reconstrução... de pouco em pouco.
Se de pouco em pouco duma rocha se faz uma praia e se de pouco em pouco de carvão se faz um diamante, esperança tenho que de pouco em pouco das lágrimas brotem os sorrisos e que de pouco em pouco daquele imenso nada, nada fique.
Passa o tempo e esqueço, de pouco em pouco, aos poucos, até que nada resta. Mesmo quando comigo vem ter, custa-me, por vezes, reconhecer que já me foi familiar. É incomparável o esquecimento que forcei ou que naturalmente se forçou a existir. Recebo um sinal de que ainda respira e tento recordar aquilo que chegou a ser para mim... mas, chego ao ponto de tentar recordar quem era na sua mais mínima essência. E não consigo.
A pouco e pouco, de pedra se faz areia e de areia se faz cimento. Com o cimento constrói-se. Mas, depressa tudo pode ruir, não pouco a pouco, mas de uma só vez. E quando o esquecimento vem assim, não há tempo para o pouco a pouco.
Agora, a areia já não volta a ser pedra... e eu já não consigo recordar.
1 Comments:
As palavras são apenas construções humanas... E, como humanas, imperfeitas! Nunca esqueças isso!
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