Fidelidade
A fidelidade não se mede até onde os nossos olhos se perdem, mas se se chegam a perder ou não...
Cruzei-me com muitas almas, muitos corações, muitos pensamentos e vontades, sem no entanto permitir que entrassem em mim, que me movessem as convicções ou me fizessem recear o futuro. Mas há quem assim não seja, há quem ceda, aos outros ou a si próprio. Há quem, por medo de perder, perca. Há quem prometa. Eu não. Eu não prometo. Faço. E por não prometer, por não jurar como outros fizeram e mentiram, têm-me noutra conta, menos sensata talvez. E não sabem como eu sou. Não sabem como eu penso. Não sabem como eu sinto. Mas julgam.
É o que custa: ver que quem partilha connosco as rotinas entediantes de se ser um só, não nos crê. Cede. Cede a opiniões de quem não nos conhece. De quem nunca nos falou. De quem apenas nos viu mas nos julgou.
Fidelidade é isso. Fidelidade é acreditar em quem temos, quando temos! De que serve nunca se ter dado a outros no corpo nem na alma se entregou no espírito e no ser aos julgamentos alheios? Não, não foi fiel. Traiu nos princípios. E traiu no fim, quando a alma pedia uma coisa e o corpo dava outra. Dói. Dói sabermo-nos traídos. Mas doía menos se pedisse desculpa. Só não pede quem não sente. E... "quem não sente não é filho de boa gente"! Mas isso não sei. Nunca lhe conheci o mundo. Sempre deixei que o seu mundo fosse o seu mundo.
Assim, posso estar no meu mundo... triste, infeliz, decrépito e cadavérico na alma, mas o mundo é meu.
E não. Não foste fiel.
Perdoas-te? Espero que sim. Eu já esqueci...
1 Comments:
queria solidarizarme com o blogger...
Um abraco deste teu amigo que apesar de distante te quer manifestar o seu apoio. Mas nao me preocupo demasiado... conheco-te e sei que depressa sacodes a poeira, e segues em frente, mais forte, mais prudente e mais confiante. E' uma das qualidades que mais te prezo.
1 Abraco.
Ne nio merites...
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