terça-feira, agosto 21, 2007

Circular

Na ilusão das gotas perco os sentidos, confiante no tempo que ousa passar lentamente sob o penar dos meus pensamentos! Respiro porque tenho de o fazer, constrangido a uma rotina entediante, limitando as asas do meu vôo ao sonho imberbe da inocência esquecida no passado. Mudo para me encontrar igual, abro as portas do meu caminho para o encontrar despojado de alma. De que vale tal ousadia? Para que serve tamanha audácia? Para tentar irromper o inquebrável círculo de desilusões que se apoderou de mim outrora? Não desisto, mas deixei de acreditar na vitória. Alio-me àquilo de que fujo para me vencer. E assim estou: no fim de mais um círculo.