sexta-feira, junho 01, 2007

Teu.

Procuro em mim a paz que não consegui encontrar em ti, nem em ninguém... Por momentos inspirei, numa breve esperança de completar o ciclo, mas a agonia dos tratos não me permite nunca alcançar tal alívio.

Choro, na noite, esperando pelo amanhecer, pela coragem que advém da luz do sol. Escondo-me no medo do escuro para fugir a rotinas que não são as minhas.

Mentira. Uma após outra.

Perco-me nos meus fantasmas, nos antigos e naqueles que criei de novo. Invento mil formas de sofrer, procurando alguma mais penosa que esta. Não encontro. Não acho forma de sobreviver sem esta dor que me ocupa por todo.

Vieste, fazer-me sorrir e eu falhei, hoje de novo, ontem como de costume.Vieste porque sempre esperei. Mas nunca estou pronto. Nunca estou pronto porque já o estive.

Não sou quem me mereceu. Sou aquilo que nunca quis ser. Volto a fugir das procuras que não quis. Espero ser achado num meio perdido.

Porque não consigo voltar a sê-lo? Hoje, desde ontem, para sempre, teu...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Espero ser achado num meio perdido."

O problema, por tudo o que dizes, é que no fundo, lá bem no fundo, estás perdido, "esperas" ser encontrado mas não o queres ser... Daí dizeres que falhas ontem e hoje, como se não tivesses alternativa, como se fosse uma verdade inexorável esse teu falhanço.

Sabes que para alguém nos encontrar, temos de nos encontrar a nós próprios primeiro. Não podemos chamar por ninguém se não soubermos o nosso próprio nome, certo?

:)

Um abraço

02 junho, 2007 02:12  
Blogger insensivel said...

Pudera eu num meu reflexo encontrar o meu caminho...

Mas quando não tens para onde ir não importa por onde vais...

Apenas queria um destino, não esta viagem!

Bgd ;)

02 junho, 2007 21:10  

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