quarta-feira, abril 25, 2007

Pés da terra


Passa o tempo, devagar, sob as penas do resquício de uma esperança que já não é guardada como a relíquia de outrora...

Carrego de coragem os pés, preparo-me para uma caminhada para longe de onde estou. Fujo de ti e de mim. Fujo dos fantasmas que para mim criei. Ontem saí e vi o meu passado. Hoje esqueci e vesti-me para enfrentar o futuro. Ficas para trás, sob a sombra dos meus pés, enquanto sigo para lá do horizonte.

Não quero voltar a amar: não se sorri as lágrimas que se choram.

E assim vivo, um dia de cada vez, querendo que sejam todos diferentes dos que já passaram. Mas, agora já não choro. Sigo apenas em frente. De pés da terra...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não quero voltar a amar: não se sorri as lágrimas que se choram.

Sabes tão bem como eu e melhor do que muitos que infelizmente (ou felizmente, dependendo da situação) não são coisas que se escolhem. Acontecem. Caminhas para longe, não para fugir de nada porque esse não é o caminho certo, mas simplesmente porque há simplesmente pessoas assim, para quem a vida só tem um sentido: a frente.

Enquanto caminhas, tens a tentação de olhar para trás, como se a sombra de um passado mais feliz do que a cansativa caminhada do presente te seguisse. Quase sempre, não encontras nada por que valha a pena parar enquanto não chegas ao fim do caminho. Mas são essas poucas paragens que dão valor à caminhada. Todos os dias, olho para trás na esperança de ver aquele alguém que fugiu dos problemas em vez de os tentar resolver. E conheço-a bem o suficiente para saber que um dia ela vai lá estar. Resta saber se será antes ou depois de eu chegar ao fim do meu caminho que, tal como o teu, só tem um sentido. Não fugir, mas prosseguir.

De um afilhado :)

07 maio, 2007 17:13  

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