quinta-feira, novembro 17, 2005

Falto eu?... Não!

Ontem percebi muita coisa.

Ontem falei, muito, ou até talvez muito pouco. Ontem apenas ouvi. Apenas me fiz falar nas palavras proferidas por outrém. Sim, ontem mais do que ouvir escutei e percebi. Percebi muita coisa.

Quando saio ao mundo reencontro sempre caras conhecidas ou sou reconhecido. Não é uma questão de solidão que aqui escrevo. É mais do que isso, é estar sozinho não o estando.

A frase que me fez perceber foi muito simples. Eu no fundo nunca estive num grupo, nunca fiz parte de nenhum, porque estava em todos os que havia à minha volta. Sempre tive medo de perder as pessoas, por isso nunca ficava o tempo suficiente para que elas saissem antes de mim. E assim, eu nunca fui, não sou nem serei aquele sobre quem dirão:

"Estamos cá todos, só falta mesmo ele!"

Apesar de tudo, apesar de haver tanta gente a gostar de mim e da minha companhia, a sorrirem quando apareço, nunca serei aquele que irá faltar!

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não digas desta água não beberei... além disso, já pensaste que poderá existir alguém que sinta mesmo a tua falta, apesar de nunca te ter encontrado?... beijo carinhoso *

17 novembro, 2005 17:07  
Anonymous Anónimo said...

Eu prometi que qualquer dia te escrevia um texto decente!
Mas depois de o ler até ao fim duvidei muito se faria sentido pô-lo no teu blog como coment. Pela extensão mas especialmente pela profundidade. Mas acho que estás a precisar de ouvir umas verdades.

Já te disse muitas vezes, mas talvez não as vezes suficientes, o quanto me dói a tua dor. Apenas e só por ser tua. Porque tu és MEEEEEEESMO muito importante para mim!

Não por seres meu padrinho, porque isso nunca foi muito relevante para mim. Ou melhor, foi. Foi das melhores coisas que me aconteceu desde que entrei nesta casinha, porque o acaso e o incómodo e a obrigação de fazer uma coisa estúpida com a qual eu nem sequer concordava acabaram por me levar até ti. E fizeram-me descobrir a pessoa avassaladora que tu és.

Também não é por osmose que me dói ver-te assim. Sim, porque caso ainda não tenhas tido o privilégio (ou infortúnio!) de me ouvir teorizar acerca disto, a depressão é um fenómeno osmótico!

Pah, que posso dizer? Tu és grande! É cliché mas a verdade é que tu fazes-me sentir uma pessoa melhor por seres tão inspirador e teres tanto para dar. Só queria ter mais tempo contigo para conseguir absorver as centenas, senão milhares, de coisas que tu tens para dar ao mundo.
E todos os momentos que perco, são... sei lá... morte!

E não imaginas a falta que me tens feito nestes últimos dias!
A não ser que tenhas flipado de vez (que acontece aos melhores...) tens mais que obrigação de saber que me fazes sempre muita falta. Que quando não estás há um vazio enorme no sítio onde devias estar. Que sem ti há música que não faz sentido, cores que se apagam, piadas que se perdem e lágrimas que surgem.

Fazes falta porque tu lês em mim como num livro aberto e fazes com que tudo fique bem só por estares lá ao meu lado! Fazes falta porque me ensinas a ver as coisas quando olho para elas.

Eu sei que te “descobri” há muito pouco tempo, mas nestes meses que passaram desde essa altura tu criaste um lugar muito especial no meu coração. Maior que aquele que eu estava à espera, admito. E se no passado não estive presente, hoje em dia tento estar, na medida do possível. E desculpa-me se não te passei a mensagem de que preciso de ti AQUI, presente ao meu lado.

Mas não julgues pelas minhas palavras que é tudo bom! Também fazes e dizes coisas erradas, daquelas que magoam mesmo. Mas se assim não fosse era mau sinal. Sinal de que as tuas acções não se reflectiam sobre mim. E isso não é verdade. Espero que “transbordes” sempre sobre mim.

Tanta coisa e tão confusa só para dizer que se está a tornar incomportável estar longe de ti, sem te ver, sem falar contigo mas principalmente sem te ouvir. Porque tu, lá porque és meu herói, não és invencível. Deixa-me ajudar-te a matar os teus monstros.

Não fujas. Não vale a pena, eu vou atrás de ti e encontro-te!

18 novembro, 2005 00:15  
Blogger kiss bang bum said...

Existe sp alguém.. senão de que valeria a pena viver? Ocupar espaço neste mundo? Não. Prefiro pensar que existe sempre alguém na qual a nossa existência é importante..
fica bem

19 novembro, 2005 00:39  

Enviar um comentário

<< Home