Voltara.
Regressara.
Regressara à terra que outrora havia sido minha. A um berço que abraçara com carinho. Mas, não me sentira em casa. Já não.
Senti estranheza. Senti-me ausente. Senti-me um estranho. Já não reconhecia, naqueles momentos de solidão, os meus recantos, os locais onde tantas outras vezes aninhei a minha alma.
Foi aos poucos, a pouco e pouco, da mesma forma como a convidei a entrar quando guardava em mim a pureza da minha infância, que nos habituámos um ao outro, que ela sentiu o o meu toque, o toque dos meus passos, leves, e eu lhe reconheci o cheiro, o ruído da vida que por ela passa.
E fomo-nos voltando a fazer aconchegados. Por nós e por tudo o que nos fazia.
Sabe bem estar em casa. Sabe melhor ainda sentir que a recuperámos. Entristece saber que a perdemos, mas é bom tê-la
de volta. Só aperta o peito quem já não está. Quem foi a saudade da partida. Quem não volta a estar. Quem perdemos.
Mas, onde quer que esteja, sabe bem estar em casa porque estará sempre lá, será sempre lá.
Regresso, agora, para longe novamente, para que possas sentir saudades minhas uma vez mais. Só não quero que me voltes a estranhar. Não te posso deixar tanto assim. Não mais, nunca mais.
Despeço-me de ti sabendo que voltarei.
Voltarei em breve.
Sim, em breve, voltarei a casa.
1 Comments:
Sempre o mesmo Marquito ...
Pasei para ler e deixar um beijo e sim temos de ir tomar café.
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