sábado, julho 16, 2005

Fantasma de mim...

Por mais que eu queira esquecer, apagar, enterrar o meu passado, ele continua e continuará sempre a perseguir-me. Se não for pelas minhas memórias será pela incapacidade de quem me rodeia vislumbrar o facto de as pessoas evoluírem, de eu evoluir e de não ser o mesmo a cada visão de mim...

Mas, por vezes penso: "de que me adianta o esforo de mudar se mais ninguém vê o quanto eu mudei?". Talvez seja porque eu não mude, talvez seja porque eu continuo o mesmo na essência... Talvez; até poderia ser isso, mas não é! Não é porque até a minha essência muda, se adapta a novas vontades e a novos anseios. A essência perdeu-se a cada morte de mim para renascer como outra, reformada...

Lavoisier dizia que "nada se cria, nada se destrói mas tudo se transforma". É como uma espécie de reencarnação... Quando morremos somos a matéria orgânica que irá ser convertida a matéria mineral e aproveitada pelas plantas que serão ingeridas pelos animais que irão ser ingeridos por outros animais. Na minha condição de alma em constate reconstrução, é importante ter a noção de que não me desperdiço, mas que sou reestruturado apenas, como que brincando aos Legos...

O problema, é que as pessoas vêm as peças mas não aquilo que elas compõem!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«Mas, por vezes penso: "de que me adianta o esforo de mudar se mais ninguém vê o quanto eu mudei?".»

Talvez o dito "esforço" adiante mais aos teus olhos, quando o fizeres mais por ti, do que para os outros verem. Aí sim, eles vão começar a ver-te com outros olhos, porque será impossível não reparar. ;) Beijinhos*

21 julho, 2005 09:16  

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