segunda-feira, maio 02, 2005

Rasguei as esperanças, e tudo acabou.

E tudo acabou, com um rasgo. O rasgão, que deveria provar que o amor existe, foi dado sozinho, isolado e só. E perdeu-se. E então, outro ficou por dar. E tudo acabou, com um rasgo. Um único rasgo quando deveriam ter sido dois juntos, ao par, como um só.

E o meu suicídio sentimental ficou por ali. Deixei de morrer aos poucos para ficar a ver, ao longe, o definhar de quem já fez parte de mim. Aquele rasgão foi isso mesmo, o separar das partes, o dizer: "já me libertei e essa parte já não é minha, podes ficar com ela".

Quão difícil é perder parte de nós? Alguém mais saberá o quão difícil é dar parte de nós, perder parte de nós e ter que a esquecer, ter que lhe ser indiferente? Indiferente à sua dor, mas principalmente à sua alegria. Dói tanto quando essa parte de nós sorri com com parte de outro. Mas dói mais quando temos que ficar indiferentes a isso. Ou quando isso já nem sequer provoca nada em nós e somos realmente, inatamente digo, indiferentes...

E o que mais se temeu, durante o tempo que não havia indiferença, aconteceu.

Foi então que tudo acabou. E tudo acabou... com um rasgo.

3 Comments:

Anonymous Che by Xe said...

Empty..Empty inside.

Something that is gone, something that was part of me but never knew I was there. Something that broke my life without knowing, without concerning.
I see myself in the mirror..I see your reflection next to me, fading away, and with you, my dreams, my life, my smile, my imagem. Only my soul remains...empty.

28 dezembro, 2009 03:12  
Blogger insensivel said...

If I only knew that there were other reflections... Will you fade away with me?...

28 dezembro, 2009 11:48  
Blogger XD said...

Eu leio e choro...

30 julho, 2011 13:08  

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