Rasguei as esperanças, e tudo acabou.
E tudo acabou, com um rasgo. O rasgão, que deveria provar que o amor existe, foi dado sozinho, isolado e só. E perdeu-se. E então, outro ficou por dar. E tudo acabou, com um rasgo. Um único rasgo quando deveriam ter sido dois juntos, ao par, como um só.
E o meu suicídio sentimental ficou por ali. Deixei de morrer aos poucos para ficar a ver, ao longe, o definhar de quem já fez parte de mim. Aquele rasgão foi isso mesmo, o separar das partes, o dizer: "já me libertei e essa parte já não é minha, podes ficar com ela".
Quão difícil é perder parte de nós? Alguém mais saberá o quão difícil é dar parte de nós, perder parte de nós e ter que a esquecer, ter que lhe ser indiferente? Indiferente à sua dor, mas principalmente à sua alegria. Dói tanto quando essa parte de nós sorri com com parte de outro. Mas dói mais quando temos que ficar indiferentes a isso. Ou quando isso já nem sequer provoca nada em nós e somos realmente, inatamente digo, indiferentes...
E o que mais se temeu, durante o tempo que não havia indiferença, aconteceu.
Foi então que tudo acabou. E tudo acabou... com um rasgo.
3 Comments:
Empty..Empty inside.
Something that is gone, something that was part of me but never knew I was there. Something that broke my life without knowing, without concerning.
I see myself in the mirror..I see your reflection next to me, fading away, and with you, my dreams, my life, my smile, my imagem. Only my soul remains...empty.
If I only knew that there were other reflections... Will you fade away with me?...
Eu leio e choro...
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